sábado, 6 de junho de 2009

Quem tem medo do Tetris?

Uns dos mais clássicos, populares e divertidos jogos eletrônicos de todos os tempos comemora hoje 25 anos de vida. Junto com Pac-man e Super Mario Bros, o Tetris forma o trio sagrado do vídeo-game. E, pra mim, ele é o mais foda dos três por ser simplesmente um quebra-cabeças dinâmico e infinito, que conquista sem apelo para gráficos, historinhas ou desenhos.

A pira é a agilidade de raciocínio para encaixar as variadas formas de “tretaminós” do melhor jeito possível. Nada mais que um exercício de organização geométrica e matemática. Falando assim parece algo medonho e estúpido, mas é genial de tão simples e pegajoso.

Esse ícone da cultura eletrônica foi desenvolvido na União Soviética, no período de 1984 a 1986, pelos engenheiros de informática do Centro de Computadores da Academia Russa das Ciências Alexey Pajitnov e Dmitry Pavlovsky e pelo estudante colegial Vadim Gerasimov, na época, com 16 anos.

“O jogo tem um tipo de espírito criativo ao invés da destruição que você encontra em jogos de tiro e na maioria dos outros títulos. Nele você cria algo”, compara Pajitnov. “Você pega o caos das peças caindo aleatoriamente e as coloca juntas em um tipo de ordem. Isso dá às pessoas um ótimo sentimento”, analisa o criador. Boto fé, Pajitnov. Boto fé.

Assim que alcançou os Estados Unidos, virou sucesso mundial e vendeu mais de 125 milhões de cópias desde seu lançamento. Novas versões seguem pipocando em todas as direções, com foco no mercado de computadores, celulares e consoles menores. “O desafio para nós é apenas continuar o crescimento da franquia”, diz o vice-presidente da divisão de aparelhos móveis da Electronic Arts, que detém os direitos exclusivos do jogo para a plataforma móvel.

Quem nunca passou horas quebrando a mente nesse jogo satanicamente hipnotizante? Eu já pirei muito, um vício agudo de ficar horas compenetrado, jogando uma partida atrás da outra, sempre na nóia de bater o recorde recém-batido - e socando o controle no chão quando não conseguia. E ali ficava até minha mãe decidir puxar a tomada.

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