
Barça e Inter foi, no fim das contas, um jogo truncado, de primeiro tempo insosso, quando nenhum dos times criaram lances relevantes. A coisa foi esquentar mesmo no segundo tempo, quando o time gaúcho, pressionado, mostraria a superação do cansaço e desfalques. Alexandre Pato, o piá esperança de 17 anos, não jogou nada e saiu logo no começo da segunda parte, dando lugar para Luiz Adriano, 19 anos. Fernandão, fudido de caibra e cansaço, também foi substituido no final da partida para a entrada de Adriano. Ainda assim, Iarley, o melhor em campo, puxou contra-ataque e achou espaço pra rolar pra Adriano entrar para história, matando o jogo à dez minutos do final. Não havia tempo pra mais nada, Internacional campeão mundial. Abel Braga conquista a taça do mundial para os gaúchos na tática e audácia, deixando o ataque na mão de dois gatoros.

Para o Barcelona, que permanece virgem no Mundial, repete-se a tristeza de 1992, quando o último grande time que passou por Barça (com Cruyf de técnico e ataque com Stoichkov e Laudrup) levou uma virada para o São Paulo, com dois gols de Raí - no primeiro dos três troféis que viriam para o Murumbi. O rival Real Madrid, por exemplo, já levou cinco pra casa o título de melhor do mundo. Mas, apesar dos desfalques do titular Eto'o e o reserva Messi, a decepção com com novo Barcelona conseguiu ser ainda maior. O time catalão, aclamado como o melhor quartel de craques do planeta, é comumente comparado ao Santos de Pelé. Porém em nenhum momento foi justificado o favoritismo espanhol; o Barça jogou feio, irreconhecível da goleada do primeiro jogo contra o America do México. Enfim, o time sumiu - não se sabe ainda se por incompetência propria ou por métido do esquema colorado. Provavelmente, ambos os fatores.
Ao final do jogo, percebia-se os humidos olhos do ex-gremista Ronaldinho Gaúcho, que de seu famoso futebol alegre não jogou nada. Na véspera de talvez receber pela terceira vez consecutiva o título de melhor do mundo, Gaúcho comprovou a fama de amarelão em final: deu dois passes bonitos e sumiu em campo. Fama, aliás, que já foi duas vezes de Ronaldo Pança, que amarelou nas Copas da França e na Alemanha este ano. Pelo desamparo, Ronaldinho demosntrou sentir mais que a derrota da Copa, tirando a melhada do peito logo após a premiação. A sorte do showman, maior fustração brasileira em 2006, é ainda tem o bi-campeonato espanhol e o título europeu pra salvar o ano.
Agora o Inter iguala o feito do rival Grêmio e Flamengo, que também venceram uma vez a competição. Lindo de ver. Depois de Gerrard, do Liverpool, desolado no meio do campo ano passado, Gaúcho meio que segura o choro na ida pro vestiário. É, o papo de que europeu não liga pro mundial não fez muito sentido na hora, não.
Um comentário:
Ronaldinho se fudeu por completo nesse fim de ano mesmo. O zagueiro italiano Cannavaro, do Real Madrid, ficou com o título de melhor do mundo da Fifa. O craque da Copa, Zidane, que era quem deveria ficar com o prêmio, ficou em segundo. Já Gaúcho ficou com um justa terceira colocação e perdeu de ser o único a conquistar três anos seguidos a parada.
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