Assim dá gosto de cobrar. Você chega como quem não quer nada e pergunta se o senhor está. Até está, mas "em reunião". Então a gente senta, toma um cafezinho, lê a tosqueira do Estadão, aproveita e dá uma passeada pelos preâmbulos do poder paulistano. O inusitado é achar ao lado uma baladinha dos Aspones, digamos, mais alegres na secretaria ao lado.
"Psiiiu, psiu! Ô, mocinho. Oi, tem bolo, salgados, refrigerante... Não quer participar, não?"
Opa, é com nós mesmo. Dou uma desmunhecada e entro sorridente. Amigo secreto. Eu não tinha almoçado e beirava as três e meia da tarde: não demorou pros comensais começarem a demonstrar constrangimento. Coxinhas, bolinhos de queijo, nem lembro quantas foram as tortas. Depois um bolo de limão, de chocolate com cobertura de galak e recheio de morango...
Daí o miserável dá uns jóias e vai se embora com um Tomahawk no estomago. Terrível essa vida de burocrata. Até lembrei de um camarada de Londrina que teria adorado isso...
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